Jasmins
Suave um jasmineiro resplandece
e anima a noite de suave cheio.
Paz. Solidão. Silêncio. A lua tece
zaínfe etéreo de ouro verdadeiro.
E evoco, olhando o branco jasmineiro,
teu corpo na verdura, que esmaece,
teu corpo sob o luar alviçareiro
que languidece, resplandece e desce.
Mais doce que a noturna claridade,
na forma escultural da antiguidade
teu corpo, imaginado, me aparece
como se, num prodígio desusado,
fosse um maior jasmim desabrochado
no jardim, que adormece e florece!
Murilo Araújo
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